quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O trainee de hoje e os aprendizes ferramenteiros do passado

Hoje pela manhã fui passear com o Joca meu cachorro, um beagle muito simpático que ganhei dos meus filhos, quando uma pessoa me abordou e deu um folheto se oferecendo para fazer limpeza em: caixas d'água, rufos e calhas, jardinagem, etc.

Disse que era ferramenteiro, mas não conseguia encontrar emprego, pois já estava com 51 anos, apesar da sua jovem aparência.

No início da minha carreira em RH, trabalhei como "recrutador de pessoal" em uma empresa fabricante de motores. Na época, uma das profissões mais bem remuneradas era a de ferramenteiro.

Encontrar um profissional destes no mercado, era uma raridade. Era tão raro, que as empresas acabavam selecionando jovens adolescentes e os remunerava, para aprenderem esta profissão.

Através de uma parceria com o Senai, estes rapazes passavam seis meses na escola e seis meses na fábrica, até completarem três anos de atividade e se formarem como ajustador de bancada e depois dentro das empresas, com a experiência adquirida, passavam para o cargo de ferramenteiro.

Estes programas de formação profissional eram tão procurados, que nas grandes empresas, como as montadoras de veículos por exemplo, chegavam a formar filas de jovens, semelhante aos atuais programas de trainee.

A pergunta que não cala é, será que este filme, que vi hoje cedo, com um dos jovens aprendizes do Senai(daquela época), vai se repetir no futuro com atuais jovens candidatos a trainee?

2 comentários:

  1. Tempo bom aquele!
    José Antonio

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  2. Com certeza! O homem é cada vez mais cedo engolido pela rapidez das mudanças tecnológicas.
    A exclusão economica e social é um fato que não tem retorno.
    Leila

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